É curioso ver como ideias simples, mas no momento certo, podem resultar em mudanças sociais de ordem mundial e bilhões de receita. Estou falando do filme "A Rede Social", que conta a história da criação do Facebook e o desenrolar dos processos judiciais contra o criador Mark Zuckerberg. No Brasil, a utilização da ferramenta social está crescendo bastante em comparação à hegemonia que era o Orkut há alguns anos (veja quadro real do espaço dos principais sites no mundo).
Pra quem pensa que esse é mais um filme cansativo com temáticca nerd ou uma narrativa enfadonha em que jovens ficam se relacionando online, está redondamente enganado. De certo, os diálogos são um pouco enjoados, mas são peça chave para o entendimento da personagem principal, o criador do Facebook. Jesse Eisenberg brilha no papel e se mostra um jovem ator com futuro promissor. A profundidade da personagem e complexidade, que mescla uma sensação de superioridade pela "geniosidade" e ao mesmo tempo um deslocamento autista, são passados com primor para o público.
Sobre a ideia de conectar todo o mundo, é impressionante ver como nasceu de absolutamente nada (ressalvas para a incerteza sobre a cópia da ideia de um outro site). Longe de discutir se a criação foi original ou copiada, o importante, a mensagem principal, que o filme tenta passar é sobre a relação de confiança e porque não, expertise de Mark. Na verdade, a rede social nada mais é do que a história do bilionário mais jovem do mundo. Tirando o entra e sai das personagens - tem até Justin Timberlake como o criador do Napster - o que resta é apenas as ligações que seus pontos de vista se encaixam ao de Mark.
Direto no enredo, "A Rede Social" prende o telespectador com sacadas e reviravoltas inesperadas. Vale muito à pena conferir sem qualquer preconceito. Acima disso, o enredo traz para o público a oportunidade que qualquer um pode ter abrindo suas próprias portas com a internet. De fato, ninguém está sozinho mais com a rede. O conceito de "morte social", empregada para o isolamento na internet, é bem visível no longa.Para os entusiastas e também desmotivados, o companheiro de Mark e também idealizador da ferramenta, é um brasileiro.
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