terça-feira, 9 de novembro de 2010

“Vantagens” online justificam as dores de cabeça de entrega e SAC?

Cada vez mais as compras online têm atraído adeptos de todas as classes sociais. Em determinados produtos, as vantagens de preço, exclusividade, raridade e mesmo comodidade vêm transformando a aquisição pela rede um hábito comum e não mais prática para poucos. No entanto, muitas pessoas ainda preferem ir às lojas e tocarem no produto, sentirem o cheiro ou colocar no corpo. Essa experimentação e a comodidade de receber o produto em casa são muitas das vezes a grande dúvida no cliente, mas qual o mais benéfico?

Sempre fiz compras pela internet pelos motivos clássicos: preço, variedade, opção de pagamento, promoções, rápida entrega, entre outros. Porém, na última compra que fiz, registrada no dia 6 de outubro, vou pensar duas vezes antes de fazer outra, principalmente na mesma loja. Já se passou um mês e não recebi meu pedido. Curioso, que o motivo do atraso, segundo o atendimento da multinacional, é simplesmente nenhum. Ou muitos, pra dizer a verdade. Fiz a compra de livros, brinquedos e objetos de decoração. Tudo anunciado no site.

Na minha primeira ligação, por volta de 24 de outubro, o motivo do atraso seria que a transportadora não fazia entregas em minha região (apesar de já ter feito outras compras e recebido no mesmo endereço). Nessa ligação o atendente revelou que a entrega já teria que ter sido realizada no dia 16. Questionei se, caso eu não tivesse ligado, se alguém me ligaria ou mandaria um e-mail, falando sobre o “problema” da transportadora. A resposta foi negativa. Ainda no atendimento, um procedimento foi aberto para que outra transportadora fizesse a entrega. Dois dias úteis para uma resposta.

Como nada aconteceu e nenhum sinal foi dado, liguei novamente, após o prazo estipulado. Não é preciso acrescentar que em cada ligação, conseguia falar com o atendente após, no mínimo, 15 minutos, escutando a gravação da loja, que se diz o “maior comércio online do Brasil”. O segundo atendente disse não saber o problema do pedido não ter sido entregue, mas garantiu abrir um novo procedimento, esse agora, com o adendo de “crítico”. Pediu telefone e e-mail para contato. A ligação foi no dia 29.

Entre esse dia e a ligação mais recente, recebi um e-mail comunicando que um dos produtos que pedi estava em falta. Mesmo sendo um presente do Dia das Crianças – comemorado em 12 de outubro -, não perdi a esportiva e aceitei reverter o item em um vale-compras no mesmo valor. Ok, recebi o código do vale, mas novamente fiz o contato, visto que não tinha recebido “meu carrinho”. A resposta foi outro procedimento em caráter crítico e um prazo de 48h. Conclusão: nada de transportadora. Se não recebi meu pedido, foi por falta do produto.

Tive essa confirmação alguns dias depois, na data de 9 de novembro, quando fiz o contato após receber um e-mail “garantindo” que meu pedido já estava na transportadora e seria entregue no dia 5, mesma sexta-feira em que recebi o correio eletrônico. Óbvio que não chegou e quando falei com a atendente ela me explicou que o carrinho atrasou na bendita loja por falta de um produto – eu estava certo – e disse que a transportadora comunicou pelo sistema que minha entrega chegaria até, no máximo, dia 18 de novembro. Ou seja, 43 dias após a compra. Caso chegue, de verdade. O mais irônico é que o presente de Dia das Crianças, irá servir para o Natal, já que serão 37 dias até a comemoração do bom velhinho.

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