quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que esperar de "O Vencedor": Christian Bale


Com a divulgação da lista dos indicados para o Oscar 2011, Christian Bale - nominado para candidato a Melhor Ator Coadjuvante - é, sem dúvida o personagem mais injustiçado nesse ano. Não por desmerecer ou ter feito mais do que os concorrentes. Afinal, ele é um dos indicados. Mas pelas circunstâncias que "O Vencedor" (The Fighter) lhe proporcionaram.

Dirigido por David O. Russell, a película inspirada na história real do boxeador "Irish" Micky Ward (Mark Wahlberg), traz para o público um emocionante e dramático crescimento de um atleta sem perspectiva até o título mundial de peso leve. Mais presente do que a luta nos ringues é a luta familiar de Micky e seu irmão Dicky (Bale), um ex-boxeador e usuário de crack, em busca do sucesso na vida.


A direção é alinhada e o roteiro não apresenta furos. Wahlberg faz sua parte como principal e reflete bem o momento de espírito da vida do boxeador com uma atuação consistente e sem muitos excessos. No entanto, é Bale quem leva os louros e o filme nas costas. Bem mais magro do que o "habitual" de "Cavaleiro das Trevas", o ator prova que filmes de heróis e/ou blockbsters não enfraquecem ou desmerecem a profissão.

Quem lembra de "O Operário" e "Psicopata Americano"? Bale chora quando tem que chorar, ri quando a ocasião pede e corre quando é necessário. Ele completa todos os vácuos deixados pelo irmão. Se Wahlberg é um hiato como, imagino, deva ser a intenção do papel, Bale é o alfa do longa. Coadjuvante é pouco e o Globo de Ouro já antecipou aquela que será a decisão mais sábia na noite de 7 de março.

"O Vencedor" estreia no Brasil dia 4 de fevereiro. Viagem garantida ao cinema. Só uma dica: reparem na virada de boné de Bale. Pequeno gesto que mostra todo o potencial e emoção de um dos grandes papeis de sua vida. Pena que vai ser difícil bater "A Rede Social".

Um comentário:

  1. Oi Pablo,
    Gostei do blog, muito dinâmico!
    Quero muito ver "O Vencedor". Até agora assisti "A Origem", "Cisne Negro" e "A Rede Social" e, entre estes, ainda tenho o primeiro como favorito. Mas, pelo caminhar das coisas, acho agora que "O Discurso do Rei" se tornou forte concorrente.

    Um abraço,

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