sábado, 29 de janeiro de 2011

Como anda Hawaii Five-O?


Em outubro de 2010 falei um pouco sobre o início de "Hawaii Five-O", série policial remake do sucesso da década de 60, e agora, no 15° episódio, como anda o programa? Muito bem, diga-se de passagem. Para muitos que assistem e acham a fórmula sem graça ou enfadonha, já que, salve engano, apenas um episódio teve continuação direta, fiquem sabendo que foi a partir dessa ideia que a original perdurou por 13 anos.

Ao contrário do que muitas novas séries apresentam histórias complicadas e interligadas, principalmente entre temporadas, "Hawaii" tem na linearidade seu charme. O episódio começa com um mistério e o quarteto de policiais de elite, aliados a alta tecnologia, o resolvem ao final dos 50 minutos. Aos poucos, ingredientes novos vão incrementando a história, como a presença de um cartel oriental de drogas no paraíso estadudinense e novas pistas acerca do assassinato do pai e mãe do protagonista Steve McGarrett (Alex O'Loughlin).

Nada de mulheres seminuas ou apelação sanguinolenta. Isso até desmistifica um pouco o ideal, principalmente no sul da América, de que no Hawaii todos pegam onda ou ficam vagando sem destino nas praias e ilhas do arquipélago. Outro ponto interessante que veio se mostrando é a própria cultura local, as tradições - muito bonito o momento de um "enterro" de um surfista - e o belo ambiente. Acredito que essas tradições serão marcas registradas da série, até porque, cada episódio é nomeado na língua local.


Sobre a ação, é digna de qualquer série policial. Os personagens começam a se encontrar e a mostrar mais de sua personalidade longe das armas. McGarrett é um exímio lutador e atirador, que nutre um sentimento de justiça inabalável. É o típico arquétipo do herói, sem os abalos de personalidade. Soa como clichê, porque, de fato, é. No entanto, é o reflexo do policial ideal que não vemos nos blockbusters de Hollywood e muito menos na realidade brasileira. A não ser pela figura cinematográfica de Capitão Nascimento.

Danny "Danno" William (Scott Caan) é o parceirão e policial forasteiro. Está no Hawaii por causa da filha e é o típico cidadão da cidade grande. Não entende bem as tradições locais e, justamente por isso, se coloca em situações inusitadas e engraçadas. O personagem ficou com a dose de humor, diga-se de passagem, o faz perfeitamente. Tanto que rendeu a indicação de Melhor ator coadjuvante de série, minissérie ou feito para televisão, no Globo de Ouro 2011.

Chin Ho Kelly (Daniel Dae Kim) é o geek da série. Hábil no uso de equipamentos tecnológicos de qualquer natureza, inclusive em consertá-los. Agora que começou a mostrar sua vida. Aparentemente teve um relacionamento rompido com uma médica e no último episódio estava preocupado com ela. Mas ainda falta muito para apresentar. Sempre com uma escopeta nos confrontos, não lembro se em algum episódio deu um tiro.

Kono Kalakaua (Grace Park) é a atriz novata que mais tem a desenvolver na trama. Novata também na polícia, é a expert do grupo no trato com as pessoas. Em um episódio teve um breve romance, mas que não acrescentou muito sobre quem ela realmente é. Assim como Chin, fica mais restrita a serviços internos, participando pouco das cenas de ação.

No geral, a série caminha bem. Segundo sites especializados, a série vem tendo boa audiência. Acredito que perdure por mais temporadas. Até porque, vimos alguns episódios atrás, a apariçaõ de Mark Dacascos, astro de filmes B de ação de décadas passadas, como um vilão em potencial. No pior dos piores, ele e O'Loughlin podem ter boas cenas de luta, já que esse último tem se mostrado um bom ator nesse sentido. Aos poucos a trama está sendo montada.

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